Caros amigos,
Nesses tempos de pré-eleição, nada melhor do que falar da falta de raciocínio.
Sigo, com meu (des)Artes & Textos:
Desraciocínio
O tão falado desenvolvimento tecnológico é resultado direto da evolução humana e da busca incessante pelo aperfeiçoar as cousas e as ações. A questão reside na aplicação equivocada desses esforços e seu mais nefasto exemplo está na acomodação da capacidade para raciocinar. Há quem chegue a dizer: ”Pensar para quê, se o computador faz tudo?” Outros, já desprovidos de qualquer dose de iniciativa, se limitam a afirmar: “Isso não pode ser feito, pois o sistema não aceita.”
O pensar como capacidade criativa foi substituído pela automação absoluta dos gestos, atos e fatos. Executa-se mecanicamente até as atitudes pessoais e os sentimentos mais íntimos como ternura, compreensão, dor, amor. Nada mais é feito por cada um e sim pelo sistema, através de códigos e exigências posturais preestabelecidas e por ações mecânicas e impessoais.
Combater o poderio dessa espécie de ditadura da tecnologia e do tal pensamento moderno constitui-se em ato subversivo, a merecer o castigo de diminutivos como: refratário a mudanças, retrógrado, conservador, ultrapassado.
As aplicações tecnológicas ignoram cultura, história, costumes, nacionalidade, patriotismo, até fé, esta combalida pela negação do velho bordão de que “somente Deus tudo pode”. Chegou, para Deus, a concorrência do computador.
Aqui, nesse brasil mal amado e de letras miúdas, a norma é avacalhar o idioma pátrio aportuguesando, para uso das massas ignorantes, os termos ditos superiores do inglês, na origem impronunciáveis pelos lábios, gargantas e línguas tupiniquins.
Nada mais certo do que se afirmar, inversa e categoricamente, que o hábito faz o monge.
Juracy de Oliveira Paixão (Dezembro de 2004).
O tão falado desenvolvimento tecnológico é resultado direto da evolução humana e da busca incessante pelo aperfeiçoar as cousas e as ações. A questão reside na aplicação equivocada desses esforços e seu mais nefasto exemplo está na acomodação da capacidade para raciocinar. Há quem chegue a dizer: ”Pensar para quê, se o computador faz tudo?” Outros, já desprovidos de qualquer dose de iniciativa, se limitam a afirmar: “Isso não pode ser feito, pois o sistema não aceita.”
O pensar como capacidade criativa foi substituído pela automação absoluta dos gestos, atos e fatos. Executa-se mecanicamente até as atitudes pessoais e os sentimentos mais íntimos como ternura, compreensão, dor, amor. Nada mais é feito por cada um e sim pelo sistema, através de códigos e exigências posturais preestabelecidas e por ações mecânicas e impessoais.
Combater o poderio dessa espécie de ditadura da tecnologia e do tal pensamento moderno constitui-se em ato subversivo, a merecer o castigo de diminutivos como: refratário a mudanças, retrógrado, conservador, ultrapassado.
As aplicações tecnológicas ignoram cultura, história, costumes, nacionalidade, patriotismo, até fé, esta combalida pela negação do velho bordão de que “somente Deus tudo pode”. Chegou, para Deus, a concorrência do computador.
Aqui, nesse brasil mal amado e de letras miúdas, a norma é avacalhar o idioma pátrio aportuguesando, para uso das massas ignorantes, os termos ditos superiores do inglês, na origem impronunciáveis pelos lábios, gargantas e línguas tupiniquins.
Nada mais certo do que se afirmar, inversa e categoricamente, que o hábito faz o monge.
Juracy de Oliveira Paixão (Dezembro de 2004).