Anexo, mais um artigo de (des)Artes & Textos
Construção
Quando falamos de construção, sempre nos vem à mente segurança, fortaleza, resistência, conforto. O pressuposto é que se constrói para durar.
Apresentam-se como exemplo clássico de construção que eternizou o conceito de resistência e durabilidade as Pirâmides do Vale do Nilo. Quando a referência é segurança, logo nos deparamos com as Muralhas da China. O conforto nos leva aos Jardins Suspensos da Babilônia.
Pode-se ter construção em toda a sua essência numa simples e frágil casca de ovo – obra perfeita de anônimo arquiteto. Esta, por sua concepção, leveza de linhas e formas, merece o melhor dos Nyemeiers. E a finalidade? Preservar a espécie, objetivo muito mais pleno de méritos que servir de túmulo a um faraó qualquer.
O João-de-barro constrói seu confortável lar com lama colhida a conta-gotas, situando-o numa paisagem exuberante, sobre os galhos de frondosa árvore. Lá, velado de olhares indiscretos, recebe a sua amada.
Qual a mais tenra das construções!? Os simples e frágeis favos de mel, construídos meticulosamente pelas abelhas com a seiva de suas próprias entranhas. Neles, apesar da fragilidade, armazenam-se alimento suficiente para todos os habitantes da colmeia.
Existe construção mais singela do que bolhas de sabão a voar em ziguezague, uma após outra!? Uma cumbuca com espuma, um canudinho de caule de mamona, um sopro dado com delicadeza e eis uma criança-arquiteto a criar mundos coloridos, repletos de sonhos e fantasia.
Façamos de nosso cérebro uma fonte construtiva e marcaremos nossa passagem pela vida com o traço indelével da sabedoria.
Juracy de Oliveira Paixão ( Maio de 2004)
Quando falamos de construção, sempre nos vem à mente segurança, fortaleza, resistência, conforto. O pressuposto é que se constrói para durar.
Apresentam-se como exemplo clássico de construção que eternizou o conceito de resistência e durabilidade as Pirâmides do Vale do Nilo. Quando a referência é segurança, logo nos deparamos com as Muralhas da China. O conforto nos leva aos Jardins Suspensos da Babilônia.
Pode-se ter construção em toda a sua essência numa simples e frágil casca de ovo – obra perfeita de anônimo arquiteto. Esta, por sua concepção, leveza de linhas e formas, merece o melhor dos Nyemeiers. E a finalidade? Preservar a espécie, objetivo muito mais pleno de méritos que servir de túmulo a um faraó qualquer.
O João-de-barro constrói seu confortável lar com lama colhida a conta-gotas, situando-o numa paisagem exuberante, sobre os galhos de frondosa árvore. Lá, velado de olhares indiscretos, recebe a sua amada.
Qual a mais tenra das construções!? Os simples e frágeis favos de mel, construídos meticulosamente pelas abelhas com a seiva de suas próprias entranhas. Neles, apesar da fragilidade, armazenam-se alimento suficiente para todos os habitantes da colmeia.
Existe construção mais singela do que bolhas de sabão a voar em ziguezague, uma após outra!? Uma cumbuca com espuma, um canudinho de caule de mamona, um sopro dado com delicadeza e eis uma criança-arquiteto a criar mundos coloridos, repletos de sonhos e fantasia.
Façamos de nosso cérebro uma fonte construtiva e marcaremos nossa passagem pela vida com o traço indelével da sabedoria.
Juracy de Oliveira Paixão ( Maio de 2004)