sábado, 28 de junho de 2014

Queridas amigas e queridos amigos,

Divulgo imagens da família de minha enteada querida, Andréa, durante jogo em Recife (EUA x Alemanha). Na primeira foto, Brian e Aidan (esposo e filho) curtindo poça d'água no entorno da Arena Pernambuco. A segunda foto refere-se a publicação do Diário de Pernambuco. A terceira foto é da família, mais o meu "neto" Yuri, sobrinho de Andréa e filho de Cléa Paula.



terça-feira, 10 de junho de 2014

Minha Cidade

                             Jandira Oliveira Paixão

Minha cidade tem baiana,
Acarajé, abará.
Tem muita mulher bonita
Pouco homem prá casar.
Tem um pôr-do-sol belíssimo
Prá do Elevador admirar.
No Terreiro de Jesus,
Palmeiras vemos por lá.
Só não ouvimos o canto
De sanhaço ou sabiá.
Crianças abandonadas,
Alcoólatras a vaguear,
Uso de crack nos becos
Nesta terra também há!
Moro e gosto da cidade
Mas nasci em Irará.
Quando ficar bem velhinha
É prá lá que vou voltar,
Curtir uma vida mais mansa,
Com os amigos de lá.
Comer mangaba, caju,
Em vez de goiaba, araçá.
E mesmo que sinta saudades,
É por lá que vou ficar,
Até a morte chegar!


segunda-feira, 9 de junho de 2014

Deixando a falsa modéstia de lado, publico carta que recebi da minha irmã Jandira. Ela a divulgou em seu grupo de estudos.

"Querido irmão,

            Agora, quando o início da ditadura militar, em nosso país, completa 50 anos, recordo-me de fatos da época.

            A nossa pequena cidade fervilhava. Eram tantos os esquerdistas, os comunistas, que o exército se fez presente. Autoridades demitidas, outros fogem para o campo, pessoas detidas para interrogatórios.  Lembras do escudo do nosso colégio? As armas de São Judas Tadeu: foice e machado. A professora Lourdes teve que dar explicações. Papai que era suplente de delegado ocupa o cargo, para desespero de mamãe, que já vivia preocupada contigo. Tu partes, deixando tua família, três filhos, mais um para chegar. E chega lindo, recebendo um nome russo: Wladimir. Não lembro quanto tempo demoraste fora do país, mas imagino que a saudade devia ser grande e dificuldades certamente existiram. Porém guerreiro como sempre fostes, soubeste aproveitar este tempo para crescer e estudar. Até chegaste a poliglota!

            Cinqüenta anos depois, a tua, a nossa realidade modificou-se. Já criamos filhos, exercemos atividades profissionais. Tu escreveste um livro e, hoje, somos do time dos aposentados. Mas, certamente, ainda atuantes na vida.

            Que continues a sonhar, a protestar, a escrever, a ser quem tu és: um forte!

Abraços de tua mana Jandira

Salvador, maio, 2014".