sábado, 22 de setembro de 2007

Desmanchando Skidmore

Juracy Paixão (12/04/06)

Na entrevista que o dito “brasilianista” Thomas Skidmore “concede” à revista Amanhã, constata-se que ele pode ter começado a estudar o Brasil há 37 anos, mas não levou muito tempo nessa pretensa tarefa. Como soe acontecer a outros “estudantes” similares, ”colou” material dos ”coleguinhas”, confundiu “bode com ovelha” e não chegou a lugar algum. Melhor, chegou ao esgoto da prepotência arrogante que tanto adjetiva os americanos ditos ”intelectuais”.

O tal “brasilianista” concentra sua atenção no combate ao Governo Lula, com base nas falcatruas e desastres ora em evidência: é “cola” pura para prova elementar. “Colou” da oposição sem nada acrescentar ao discurso. Afinal, todos nós sabemos o que se passa (e o que sempre se passou), aqui e alhures...

A corrupção que grassa na política nacional é um mero diminutivo da vera corrupção que flagela as estruturas políticas dos governos americanos desde os tempos de Roosevelt. No Governo Bush, a imprensa (sempre a imprensa...) a cada dia acrescenta um escândalo novo ao longo rol já existente.

O “brasilianista” de araque menciona os “benefícios” que o poder político brasileiro concede ao mundo empresarial, mas parece ignorar que a política americana é estruturada sobre os “benefícios” concedidos aos conglomerados locais (concessão ou fruto de exigências???).

Falar dos golpes que abalaram a nossa democracia sem mencionar que por trás de todos eles sempre esteve o Departamento de Estado é hipocrisia do mais alto grau, para não afirmar arrogância disfarçada.

A democracia brasileira tem a cara da ”democracia brasileira”. A democracia americana – com seus dois partidozinhos de merda – tem a cara da hipocrisia, da prepotência e do “vamos fazer de conta...”. Afinal, Bush (ou a Bucha?) foi empossado após obter menos votos que Al Gore e como conseqüência de fraude na apuração do colégio eleitoral da Flórida.

Se o eleitor brasileiro busca um “salvador da pátria”, o que busca o eleitor americano? Um algoz para os seus ditos inimigos ou um fantoche para apresentar o discurso do momento, redigido pelo conglomerado econômico que o apoiou? Quem sabe, as duas faces??!!

Seria ótimo para o Brasil que os verdadeiros brasilianistas fizessem a prova sem colar e com respostas subjetivas e textuais, no lugar do tradicional A, B, C, D, E.

O título da reportagem- “O povo que não sabe eleger” – aplica-se à perfeição ao povo americano.

Nenhum comentário: