sábado, 22 de setembro de 2007

Pequenos textos

Juracy Paixão (22/09/2007)

A afirmação do óbvio tem como essência a capacidade de abusar até da paciência de Jó. Tal atitude nada mais é do que a absoluta inexistência de idéias próprias, capazes de alimentar a criatividade.

Tenho a impressão de que, ao contrário da “lenda da caverna”, saí da luz para a escuridão. Estou me sentindo como um louco colocado entre normais que não o hostilizam, mas não o deixam expressar sua loucura.

Há dois tipos de indivíduos: os que fazem muito, mas avaliam de pouco valor o muito que fazem (por isso mesmo, seus trabalhos são de extrema importância, pois o fazem com humildade e perfeição) e os que nada constroem, mas acham que são a razão de ser, mesma, da sociedade. Esses, cedo estarão esquecidos, já que nem rastros deixam.

A essência da educação de hoje vive tão alheia à essência da vida profissional que, de essência em essência, descobrimos que não há essência no que aprendemos, até porque nada aprendemos, se essência não há.

As vagas se sucedem sem nada acrescentarem ao mar, nem mesmo a areia que da praia retiram, devolvida que é pela vaga sucessora. As vagas nada mais são do que a ânsia do mar em se mover, mesmo que seja apenas para ir à frente e retornar.
Semelhante às vagas do mar é a vida de quem nada constrói, nem que seja um simples castelo de areia.

Um comentário:

Roberto Martins disse...

Muito bom o texto.
As potuações sobre as essencias e os dois tipos de indivuduos, são geniais !