Lembranças
Às claras, na noite da minha tristeza, veio-me à memória
o dia em que te encontrei.
À minha solidão chegastes como a aurora de um amanhecer.
Juntos fizemos alegorias à felicidade e à vida.
Tínhamos um desencontro – eras o meu coração e eu o teu fígado.
Enquanto davas lógica à minh’alma, a mim cabia-me filtrar os teus humores...
Nossas dissonâncias, deglutíamos às escâncaras.
Fomos felizes até o instante em que à monotonia rendemos culto...
Nada mais me vem à lembrança senão dor pela tua perda, fígado que fui.
Juracy de Oliveira Paixão
Um comentário:
Olá, tudo bom? Aqui é a Nelita a postar no seu blog e muito feliz por isso. Aliás, me incentivou a reativar o meu, que estava parado desde maio - nem nas férias me dei ao trabalho de escrever algo.
Prometo que com mais calma lerei tudo o que escrever, mas gostei muito de a primeira postagem minha ser sobre um poema tão sensível. Eu me lembrei da época em que eu descobria o gosto pela leitura e achava os poemas complicados de entender, por isso não gostava. Com o tempo, descobri a riqueza que existe tanto no poema quando na poesia envolvida; viajo e adoro! Parabéns!
Um grande beijo pra você e pra Tia Beth também!
Nelita - SP
Postar um comentário